Freire nada mal
Estranha semana esta com o lançamento de dois livros por dois autores tão especiais.
Desta vez são as Memórias, de João Freire: Pessoa comum no seu tempo, das Edições Afrontamento (com página da net actualizada pela última vez a 12.02.2007, ou seja ainda não há links para esta obra e não me apetece deixar aqui o link para a Editora). Aconteceu no ISCTE, na terça dia 15.
Um título à primeira vista paradoxal. Não se pode tratar de uma pessoa comum ou as estantes das livrarias estariam à data cheias de biografias de portugueses.
É certo que a etiqueta de herói, de pessoa não-comum, flutua ao sabor do contexto em que se envolve cada geração: Aristóteles herói pensador, Infante Dom Henriques herói navegador, Einstein herói físico, Freire herói idealista. Mas como serão escritas as Memórias dos que hoje têm 20 ou 30 anos? Vamos ser heróis de quê? Parece-me que a nossa geração não vai ser herói de coisa alguma ("coisa" das que valham a pena). Será que vamos eternamente sentir que desiludimos os heróis idealistas.
(ah! teremos as memórias do Cadilhe!)
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