Maçã de Junho
“Bêbado ou sóbrio, ele canta sempre bem” – disse a fã encantada à saída do Coliseu para o microfone que lhe era estendido por uma TV qualquer que ontem pôs no ar esta original opinião.
Não aguento ouvir o palavreado papagueado destas pequenas cabeças.
É por causa disto, e de todos os istos e aquilos que surgem sempre que de ti, Jorge, se fala ou a ti, Jorge, ouvimos cantar, que já não vou ver-te tocar ao vivo faz tempo.
Mas regala-me ter barriga cheia de cenas e sons da altura em que descobri que o Bairro do Amor se podia ver ao vivo e nas cores dos lápis que o pintavam, ali no Ritz Club até às 3 da manhã ou mais, não fosse haver teste da Faculdade dali a poucas horas. Daí a descobrir que aquele Bairro era uma célula da Terra do Amor, foi um gosto!
Vi que o mundo pára só para te ouvir com o piano, com a guitarra e para te ver a sacudir o cabelo, a fazer subir um ombro, a levantar o pé para depois fazer bater o calcanhar. Muito.
Hoje guardo tudo isto aqui algures, cá atrás do meu pulmão esquerdo. Em cima. E oiço-te quando me apetece com o esforço do primir de um botão.
Há três anos atrás aventurei-me a ir até ao Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra. Tentei. Ouvi. Esperei. Mas não funcionou. Os piropos não tinham mudado e daquela vez até se juntaram alguns comentários cegos-e-surdos incapazes de compreender, ou de aceitar, que tivesses tido a intenção de apresentar o teu último álbum tocando-o pela ordem tal qual está no CD. Pequenas cabeças de palavras papagueadas. Porque é que têm de ser assim?
O.k., tiro a mão do queixo e não penso mais nisto, pá!
Não aguento ouvir o palavreado papagueado destas pequenas cabeças.
É por causa disto, e de todos os istos e aquilos que surgem sempre que de ti, Jorge, se fala ou a ti, Jorge, ouvimos cantar, que já não vou ver-te tocar ao vivo faz tempo.
Mas regala-me ter barriga cheia de cenas e sons da altura em que descobri que o Bairro do Amor se podia ver ao vivo e nas cores dos lápis que o pintavam, ali no Ritz Club até às 3 da manhã ou mais, não fosse haver teste da Faculdade dali a poucas horas. Daí a descobrir que aquele Bairro era uma célula da Terra do Amor, foi um gosto!
Vi que o mundo pára só para te ouvir com o piano, com a guitarra e para te ver a sacudir o cabelo, a fazer subir um ombro, a levantar o pé para depois fazer bater o calcanhar. Muito.
Hoje guardo tudo isto aqui algures, cá atrás do meu pulmão esquerdo. Em cima. E oiço-te quando me apetece com o esforço do primir de um botão.
Há três anos atrás aventurei-me a ir até ao Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra. Tentei. Ouvi. Esperei. Mas não funcionou. Os piropos não tinham mudado e daquela vez até se juntaram alguns comentários cegos-e-surdos incapazes de compreender, ou de aceitar, que tivesses tido a intenção de apresentar o teu último álbum tocando-o pela ordem tal qual está no CD. Pequenas cabeças de palavras papagueadas. Porque é que têm de ser assim?
O.k., tiro a mão do queixo e não penso mais nisto, pá!
2 comentários:
Que conversa... Eu, sim, tenho razões para me queixar: não encontro a gaivota dos alteirinhos em nenhum guia. Será alguma subespécie ali dos lados da Zambujeira?
Ok, tira a mão do queixo e dá uma palmada ao Palma na palma da mão dele, como que um hi5, e pede-lhe um concerto mais privado, limpo de bocas superfíciais que eu também lá quero estar!
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