Eles são dias de céu mesmo-azul e ar mesmo-fresco. São o Cabo Sardão com cegonhas e o Alentejo que até lá nos leva, são o rio Douro, o Mondego, o Tejo e o Sabôr, são estuários de Norte a Sul. São um pires de arroz doce acabadinho de fazer, são açúcar queimado em caramelo, são uma caixinha com uma dúzia dos conventuais Celestes e, já que estamos na altura, são azevias de grão de bico. São uma bica bem tirada, são verdadeiras morcelas de arroz com grelos, são bacalhau cozido com suave banho de azeite, são um robalo escalado. São vinho verde leve do gás, são vinho do Dão espesso da força, são um Raízes tinto do Ribatejo. São um muro acabado de caiar, são azulejos a revestir uma igreja, são calçada de calcário, são beirados com ninhos. São barros de Barcelos, oiros de Viana, festas de Campo Maior, estrelícias dos Açores. São cerejas, são morangos, são figos, Figos e Moutinhos e Cristianos e Vanessas e Naides e Telmas. São garranos no prado, são castro-laboreiros e serras-da-estrela. São inteligentes vias verdes e mb nets e declarações online, mesmo as do IRS. São raros Cornucópias e Ballets Gulbenkians e planos Bês e Bzs e Sinais. São quentes cobertores de papa e grossas mantas de Minde, cestos de vime com pão caseiro de Moitas Vendas que se vai ensopando numa sopa de nabo. Eles são todas estas coisas que, de entre tantas outras, só nós temos e das quais só nós conseguimos gostar assim tão-tanto-tão!
Mais palavras para quê? Os Clã são do melhor do português! Deles já só se espera o Tudo e ainda assim aqueles 5 Artistas conseguem rebentar as nossas espectativas!
O Concerto quinta-feira passada na Aula Magna foi uma bomba, toma lá, sem espinhas, sem teimas, a todo o gás!